sábado, 1 de fevereiro de 2014

Memória em três ambientes

Memória em três ambientes
Nubor Orlando Facure

A memória no cérebro
Os estímulos que nos atingem afetam nurônios específicos conforme o tipo da estimulação recebida – visual, tatil, auditiva, gustativa, pressão nos músculos, vibrações nos ossos e assim por diante.
Se o estímulo for relevante e faz-se necessário dar proseguimento ao seu registro e outras áreas do cérebro serão envolvidas.
Vamos a um exemplo:
No ponto de ônibus vários carros passam, me estimulam visualmente, mas, é só quando identifico o ônibous da linha que tenho de pegar é que me interesso por anotar outros sinais:  o modelo do veículo, o destino escrito no seu painel e, se há possívies lugares para me acomodar.

A memória na Mente
Agora, já estou dentro do onibus em direçao ao meu serviço
Vem-me á lembrança as tantas vezes que percorri esse mesmo trajeto, noto que hoje está tudo mudado menos o desconforto daquele ônibus que permanece com os bancos duros de antigamente e aquela gente que amuntoa na saida empurrando todo mundo
Os estímulos no cérebro são anotados na memória imediata que duram segundos. Os estímulos mais fortes e de maior significância atingem o hipocampo de onde são esparramados por diversa áreas do cérebro – aquele ônibus azul e branco é o mesmo que já ví em outra ocasiões, o motorista muda a cada mês e as ruas e casas do trajeto são praticamente os mesmos. Por onde passa o meu ônibus é uma informação epacial, nesse horário vejo as portas das lojas ainda fechadas, são informações visuais da forma e das cores dos estabelecimentos. As vezes o ônibus se apressa e outra vezes retarda devido ao trânsito, são informações de movimento. Temos áreas no cérebro especializadas em localização espacial, cores, formas, movimentos e tudo isso distribuido no seu respectivo lugar e depois é associado com outros momentos quando, no passado, fiz a mesma viagem nesse ônibus – sem minha memórias passadas eu perderia completamente minha identidade e o significado dos propósitos da minha vida – afinal para que eu iria sair por aí andando de ônibus se não tivesse um objetivo?

A memória no “corpo mental”
Continuemos no mesmo exemplo – estou viajando de ônibus recebendo estímulos diversos no cérebro e resgatando lembranças antigas na Mente.
Meu “corpo mental” começa a sintonizar as “vibrações” do ambiente. Passo por uma sensação de me sentir observado, tenho a incômoda noção de uma “presença” perto de mim.  Sou assaltado por dúvidas parece que o “ambiente” daquele ônibus não me faz bem – muita gente apressada e reclamando a cada parada do coletivo. Tenho meus compromisos e devo descer no ponto de ônibus mais próximo do meu trabalho. Assim que chego o corpo parece cançado, com dores musculares, tenho lembranças de notícias ruins que ouvi no noticiário da Tv naquela manhã, mas, há muito trabalho pela frente a ser cumprido

Fiz pequena pausa, abri a agenda onde estava escrito:

O Mundo ti fará transitar entre o bem e o mal, a ecolha do que ficará com você é sua

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