sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Filosofia e histórias da Ciência

Nubor Orlando Facure

Filosofia da Ciência

A Ciência não trabalha com a Verdade. Trabalha com a observação. Um fato é verdadeiro até que uma nova observação o contradiga

Ciência na Igreja

Galileu Galilei assistia a missa na Catedral observando o candelabro no teto que balançava por efeito do vento que entrava pela porta. Tocando seu pulso ele juntou os dois fenômenos. Com o vai e vem pendular do candelabro ele podia medir a frequência do seu pulso

Os fenômenos físicos podem ser vistos e interpretados, mas, o que sabemos sobre eles depende do instrumento que usamos para ver e o nível de conhecimentos que temos para interpreta-los

Ciência nas Nuvens

Difícil entender porque o planeta Marte as vezes “anda para traz”

Quem já viajou de Trem sabe que quando um trem ultrapassa o outro, o que ficou parece andar para traz.

Johannes Kepler viveu uma “experiência fora do corpo” e, bem acima das nuvens percebeu a diferença de velocidade das duas órbitas, da Terra e de Marte. Matou a charada.

Publicou seu livro com o nome de “Sonhos” para não se arriscar à fogueira que quase pegou sua mãe, mas essa já é outra história

Ciência no Coquetel

Todo professor insiste para seu alunos repetirem suas lições para que memorizem o aprendizado

Mas, o perfume daquela menina que ti ofereceu o salgadinho naquele coquetel é inesquecível

Cheiro e gosto podem ser fixados para sempre numa única experiência

Ciência na Cozinha

Camilo Golgi, um italianinho briguento ganhou o Nobel de Medicina por ter colorido de preto os neurônio nos permitindo vê-lo em sua total arquitetura. Antes de Golgi as preparações histológicas o mostravam como manchinhas avermelhadas. O laboratório de Golgi era em sua própria casa e, em certa ocasião, uma preparação de tecido cerebral foi parar na cozinha. Foi a esposa de Golgi quem “guardou” esse pedaço de cérebro numa solução de prata – quando o Golgi percebeu o descuido já era tarde, mas, quando olhou no microscópio para ver o “estrago” iniciou uma nova Ciência – a neuropatologia. O Prêmio Nobel foi compartilhado com Ramon-y-Cajal um espanhol genial que se meteu numa briga com Golgi em plena solenidade de entrega do prêmio em Estocolmo. E a esposa do ingrato Golgi não foi agraciada nem com um prêmio de consolação

Escondendo do padre

Giovanni Morgani foi o primeiro médico a confrontar o quadro clínico dos pacientes de enfermaria com seus achados patológicos quando ocorria a necropsia – ideia simples, genial, trabalhosa e muito perigosa na época. Publicou em 1761 um livro no qual reunia o quadro clínico de 700 pacientes com análise da suas respectivas necropsias.

Nessa época era proibido a realização de autópsias sem autorização papal. Foi daí que ele inventou a “mesa de necropsia” – hoje, toda mesa de necropsia se chama “mesa de Morgani” – ele a fez com uma espécie de fundo falso – um dos seus alunos ficava de vigia e, quando o supervisor da Faculdade de Medicina aparecia, (era sempre um Padre) o tampo da mesa era levantada e o cadáver jogado para baixo, escorregando por um riacho, até ao mar. A reputação médica de Morgani era tão extraordinária que quando os exércitos austríacos invadiram a região, os soldados receberam recomendação para poupá-lo de dissabores

Nenhum comentário:

Postar um comentário