sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pet Shop de Neurologia 3
Nubor Orlando Facure

Estudo sobre Biologia da Agressividade

Modelos de Agressividade
O ser humano, educado por princípios morais e filosóficos, tende a rejeitar veementemente a agressividade. Porém, dentro de certos contextos biológicos, a Agressividade é um instrumento de sobrevivência. Ela é determinante em diversas situações:
No estabelecimento de uma hierarquia social
Na defesa da prole
Na busca por subsistência pela caça
Na expulsão de predadores
Na defesa do seu território No acesso a uma fêmea
Na vigilância do seu alimento
No equilíbrio social do grupo
Alguns modelos particulares de agressividade são interessantes de se observar:

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A agressão materna

A proteção da sua ninhada é um comportamento que exige uma certa dose de agressividade para a mãe. Essa é uma experiência que estamos acostumados a ver desde criança quando tentávamos roubar um pintainho da galinha que tínhamos no quintal. Já foi descrito esse comportamento até em certas espécies de peixe, mas, são as aves e os mamíferos quem tem o mais rico repertório de defesa da prole. Semana passada, em nosso Instituto, uma rolinha não permitia que ninguém se aproximasse do ninho onde seu filhote começava a despontar suas penas. Ela erguia as asinhas e avançava sobre o intruso.
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A raiva defensiva

O estudo de ratos em laboratório, apesar das limitações ambientais, mostram um repertório variado de comportamentos agressivos na presença de uma ameaça. Diante da presença de um predador ou de um intruso colocado na mesma gaiola, desencadeia posturas de combate ou fuga, encolhendo o tronco, mostrando os dentes, emitindo gritos ou buscando uma rota de escape

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Ataques ofensivos

Numa colônia mista de ratos um deles exerce o papel de macho dominante. Quando se coloca nesse ambiente um rato intruso, ele é imediatamente atacado pelo líder que procura atingi-lo com mordidas nas costas. A cada macho que entra é sempre o mesmo líder que realiza a agressão sobre o intruso. Esses ataques se iniciam por cheirar o intruso, arrepiar os pelos, sacodem o rabo, perseguem e mordem o intruso.
É curioso que, durante a conquista da liderança, o macho dominante faz seus ataques mordendo as mamas dos demais ratos do grupo e não no dorso como faz no rato intruso.
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Fazendo as pazes

A evolução fez a escolha da agressividade com o mesmo critério adaptativo que fez para outros comportamentos ligados à sobrevivência. Animais com intensa vida social como o macaco Rhesus, os Chimpanzés, os Bonobos e principalmente os Humanos, introduziram de permeio a essa agressividade os gestos de “reconciliação”. Observadores constataram que a maioria dos conflitos entre Chimpanzés machos se resolvem por meio de reconciliação. Eles tomam a iniciativa de estender o braço com a mão aberta, emitem grunhidos e terminam por se abraçarem efusivamente.
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Comportamento muricida do rato

Na Natureza, o rato selvagem tem um comportamento extremamente agressivo - é uma espécie de “serial killer” do mato. Quando eles encontram um ratinho ou um dos nossos camundongo caseiros (muricinos) eles sistematicamente os matam - coisa de "ratos assassinos". Não os mata para comer é apenas um comportamento que nós interpretamos os como agressivo - o rato assassino talvez não
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Declaração de Sevilha - 1986
"a biologia não condena a humanidade à guerra"
A escolha entre a paz e a guerra é nossa – seus custos também

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