terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Neuropílulas - 11

Nubor Orlando Facure


Um animal na floresta vê uma fruta numa árvore próxima. Ele precisa desenvolver dois sistemas funcionais para otimizar sua visão:
1 - “O que é aquilo?”
Pode ser um fruto, uma aranha, uma folha, um pássaro.
2 - “Como posso alcançá-la?”
Ou seja, onde se localiza no espaço essa fruta.
Existem no cérebro áreas específicas para nos informar: o que é, onde está, a cor, a forma e o movimento, para que serve e como funciona.
Desenvolvemos, também, áreas para distinguir seres vivos de seres inanimados. Uma cobra não é um tronco caído na floresta.



Neuropílulas - 12

Nubor Orlando Facure

Quem percebe algo - um objeto qualquer - constrói uma “representação cognitiva” do estímulo, usando as informações sensoriais - vistas, ouvidas ou palpadas - como base para a estrutura representada (a percepção da coisa). Além disso, usamos outras fontes de informação para construir a percepção - o conhecimento, as crenças e a memória de coisas semelhantes.
O que cada um de nós vê, não é “retratado” na mente. È construído dentro de nós, o que estamos “imaginando” ter visto, o seu significado, o que ele representa, o que nossa memória já conhece sobre o que vimos.
O mundo não apenas afeta nossa percepção como, também, o mundo experimentado, sentido por nós, é, na realidade, formado pela nossa própria percepção. A percepção é recíproca com o mundo.
O que enxergamos é aquilo que queremos ver.
Meu mundo sou Eu.

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