terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Neurofrases - 3
Nubor Orlando Facure

Os animais são perfeitamente capazes de se comunicarem conosco através de uma linguagem - própria deles. Sabemos compreendê-los quando tem fome, sede, medo, satisfação ou buscam nosso carinho. Isso é mais do que um comportamento, é uma atividade mental complexa – inteligente.

Comportamento é uma atividade mental expressa numa conduta.

Nossas necessidades criam desejos. Os desejos produzem idéias. As idéias estimulam comportamentos. Comportamentos induzem ações. Ações compõem os gestos. Parece que é assim que a partir da mente, do estímulo psíquico, que construímos os gestos. Freud atribuía ao ato motor a construção do psiquismo na criança. O explorar com as mãos a vai introduzindo no mundo, formando o Eu em separado do outro.

A consciência é a “idéia-síntese” que fazemos de nós e do mundo.
Como os objetos são percebidos no cérebro e na mente?
1 - O objeto atinge o cérebro por efeito da luz. O objeto determina uma “informação” luminosa. Os sinais de luz são processados no córtex visual. O objeto precisa estar presente no tempo e no espaço para ser visto. O mesmo objeto pode afetar o cérebro pelo tato, cheiro, gosto ou temperatura. O cérebro fará interpretações novas a cada tipo de estímulo.
2 - Na mente a luz não é necessária para o objeto ser percebido. O objeto é apreendido por si mesmo. Ele determina uma “imaginação”. A simples lembrança ou referência ao objeto reproduz sua imaginação. Ocorre a imaginação mesmo na ausência (espacial e temporal) do objeto. O estímulo que afeta a mente é inespecífico, indiferente. O objeto informa não só o que é, mas, tudo que contém - toda sua história.

Quando nos lembramos de alguém, não revemos a sua imagem. Recordamos é dos elementos que codificamos da sua pessoa.

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