terça-feira, 7 de julho de 2009

Noções de anatomia – estudando o cérebro
Lobo Frontal
O cérebro de um Chimpanzé pesa um pouco mais de 300 gramas, enquanto o cérebro humano pesa quase um quilo e meio. A maior parte dessa diferença deve-se a gigantesca expansão do lobo frontal.
Funções do lobo frontal:
1 - Atividade motora – realiza toda nossa atividade motora voluntária. Permite-nos chutar uma bola, ligar a Tv, empurrar uma mesa, subir a escada, bater palmas etc.
2 - Funções executivas – planejamento de estratégias mais convenientes para se executar uma determinada tarefa – como, por exemplo, ir ao supermercado para abastecer a dispensa.
3 - Memória de trabalho – organizar um encontro de colegas de faculdade atentos a todos os detalhes e desdobramentos que o encontro exige.
4 - Julgamentos de situações, escolhendo prioridades – continuar um trabalho deixando o descanso para depois.
5 - Dirigir o comportamento controlando impulsos - O que nos evita, por exemplo, atritos no transito, agressão em casa, responder mal a professora, gritar ou correr de maneira impertinente.
6 - Capacidade de tomar iniciativa – reunir pessoas para estudar em grupo, realizar a reforma da casa, trocar o carro velho por um novo, procurar um emprego.
7 - Participação social no grupo a que pertence – demonstrar altruísmo, solidariedade, submissão, autoridade.
8 - Comportamento sexual adequado ao contexto.
Situação clinica relacionada com lesões do lobo frontal:
Seqüenciamento – levantamos de manhã, a esposa nos pede para fazer o café. Temos de mobilizar o pó de café, a água, o açúcar ou o adoçante, por a água para ferver, distribuir as xícaras e talheres adequados. Todo esse processo exige um seqüenciamento que é perdido nas lesões frontais. O paciente se embaraça todo sem concluir atarefa.
Perseveração – em tudo se nota que ele é repetitivo – quando fala repete palavras, quando se movimenta repete gestos, no simples ato de estender o lençol da cama ou a colocação dos talheres na mesa ele repete atitudes.
Focalização – focalizando a atenção evitamos a dispersão da consciência. Num ambiente hostil ou num momento importante na escola é fundamental focarmos a atenção. Nas lesões do lobo frontal essa competência se perde ocorrendo freqüentes momentos de desatenção.
Espontaneidade – está ligada a tomada de iniciativa nos momentos adequados. Nas lesões frontais o paciente é descontraído demais, as vezes jocoso, brincalhão e até mesmo, irresponsável.
Flexibilidade – situações e acontecimentos tem uma dinâmica que nos exige mudar de opiniões com base em novas interpretações dos fatos. A persistência num ponto de vista ou num único juízo das coisas limita nosso leque de possibilidades de agir.
Labilidade emocional – O lobo frontal controla a extensão das nossas respostas emocionais.
Mesmo diante de situações que nos afetam muito, seja um momento triste ou uma conquista que nos alegra demais, devemos, à custa do lobo frontal, evitar ser extravagantes. O choro e o riso imotivados são comuns no paciente com lesão frontal.
Comportamento social – o relacionamento com nossos semelhantes nos impõe regras de conduta, principalmente, de respeito mútuo e compromissos sócias, na família, no trabalho e no meio social que freqüentamos.
Teoria da mente – é a capacidade de perceber a emoção do outro, é uma leitura obrigatória do sentimento alheio.
O paciente frontal costuma não se dar conta das suas irresponsabilidades sociais e das suas intervenções inconvenientes com as pessoas.
Alterações da personalidade - o maquinista Phineas Gage em 1848 sofreu um acidente com uma barra de ferro que lhe atingiu os lobos frontais. As mudanças que sofreu em sua personalidade foram relatadas por seu médico e, recentemente, o neurologista Antonio Damásio discutiu esse quadro no livro “O Erro de Descartes”.
Lobo Parietal
Está relacionado com nossas diversas formas de sensibilidade
Áreas específicas para - tato, dor, temperatura
Áreas difusas para - imagem corporal, reconhecimento de objetos (gnosias), gestos seqüenciados (Praxia), calculo.
Lobo temporal
A audição é decodificada nos lobos temporais, daí sua importância e participação na compreensão da fala.
Uma área na base do lobo temporal é encarregada da identificação das faces nos permitindo reconhecer os rostos familiares ou não.
Na intimidade do lobo temporal situa-se a amígdala, sede importante das emoções (alegria, ira, medo, fome, sexo) e o hipocampo arquivo de transição das memórias.
Lobo Occipital
A luz estimula as células da retina que na verdade são terminações nervosas. A partir daí os impulsos percorrem extensas vias que atingem o lobo occipital onde se processa a decodificação das imagens.
Giro Cíngulo
Tem um sistema de controle de erros – nos alerta quando erramos a receita do bolo, a estrada da viajem, a palavra digitada ou o palpite incorreto que desagrada o nosso chefe.
Hipotálamo
É um centro de controle da nossa atividade metabólica, hormonal, temperatura e apetite.
Glândula Pineal
Controla o chamado o ritmo circadiano (dia e noite).
Fabrica a melatonina que regula a pigmentação da pele.
Substância Reticular
Feixe populoso de pequenas células que controla o nível de consciência e sono.


Nubor O.Facure

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